O Brasil precisa de um Ministério Público fiscal, probo, desburocratizado e inserido num Sistema de Justiça Criminal ágil, integrado e coativo, próximo das questões de ordem pública e envolvido dentro das corregedorias na defesa e execução das leis e na consolidação da supremacia do interesse público, contra a corrupção, imoralidades, improbidades, criminalidade e violência que afrontam a confiança nos Poderes, o erário, a vida, a educação, a saúde, o patrimônio e o bem-estar do povo brasileiro.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

SENADOR CASSADO REASSUME CARGO NA PROMOTORIA DE GOIÁS

FOLHA.COM 20/07/2012 - 11h46

Demóstenes reassume cargo oficialmente hoje em Promotoria de Goiás

GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

O senador cassado Demóstenes Torres reassumiu nesta sexta-feira (20) oficialmente o cargo de procurador criminal no Ministério Público de Goiás. O ex-senador havia retomado a função no dia 13 de julho, mas pediu um abono de cinco dias para interesses pessoais --e só efetivamente recomeçou a atuar como procurador hoje.

O ex-líder do DEM no Senado chegou à sede do Ministério Público sem dar declarações à imprensa e seguiu para 27ª Procuradoria de Justiça em Goiás, onde permanece isolado trabalhando. Demóstenes estava licenciado da procuradoria desde 1999, no início de sua carreira política.

O trabalho de Demóstenes no Ministério Público é questionado pela Corregedoria-Geral do órgão, que instaurou reclamação disciplinar para apurar eventual falta funcional decorrente dos áudios divulgados da Operação Monte Carlo - pela qual foi flagrado em sucessivas conversas com o empresário Carlinhos Cachoeira.

Ao final da apuração da corregedoria, ele pode vir a ser expulso do órgão. Segundo o Ministério Público, o procedimento tem caráter sigiloso e "visa a coleta criteriosa de elementos seguros para delimitar o objeto da apuração".

Foram solicitados documentos ao Senado Federal e à Procuradoria-Geral da República para apurar se Demóstenes agiu em favor da organização criminosa comandada por Cachoeira.

Ele dará expediente em uma sala no terceiro andar do edifício-sede do Ministério Público e terá à sua disposição dois assessores diretos.

O salário base de um procurador do Estado é de R$ 24,1 mil, o que lhe renderá mensalmente cerca de R$ 22 mil brutos mensais.

O ex-líder da bancada do DEM perdeu o mandato por 56 votos contra 19. Mesmo voltando ao cargo de procurador e tendo tido o mandato cassado, ele continuará a ter um plano de saúde vitalício do Senado.

O benefício é pago a todos ex-congressistas que ocuparam o cargo por ao menos 180 dias --Demóstenes esteve na Casa por nove anos.

O plano cobre despesas médicas, odontológicas, psicológicas e de fisioterapia. Seu limite é de cerca de R$ 32 mil por ano.

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