O Brasil precisa de um Ministério Público fiscal, probo, desburocratizado e inserido num Sistema de Justiça Criminal ágil, integrado e coativo, próximo das questões de ordem pública e envolvido dentro das corregedorias na defesa e execução das leis e na consolidação da supremacia do interesse público, contra a corrupção, imoralidades, improbidades, criminalidade e violência que afrontam a confiança nos Poderes, o erário, a vida, a educação, a saúde, o patrimônio e o bem-estar do povo brasileiro.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

TRÁFICO - MP denuncia 22 traficantes de classe média alta.

MP denuncia 22 por tráfico na classe média alta no Rio - TERRA, O DIA, 19/11/2010

Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou 22 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha de traficantes de classe média alta desarticulada em setembro pela Operação Consórcio. A denúncia foi aceita pelo juiz João Carlos Corrêa, da 1ª Vara da Comarca de Armação de Búzios, que decretou na noite de quinta-feira as prisões dos envolvidos.

Durante a operação, desencadeada no dia 22 de setembro, 17 pessoas foram presas. Investigações posteriores identificaram mais três mulheres com participação nos crimes: Ágata Cassia dos Santos, Marlúcia Santos da Silva e Renata Salvino do Nascimento. Elas também foram denunciadas e tiveram a prisão decretada, assim como dois criminosos que estão foragidos desde setembro.

Na denúncia elaborada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, o funcionamento da organização criminosa foi detalhado. Os acusados responderão a ações penais pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. "A Operação Consórcio desarticulou uma quadrilha que abastecia o comércio de entorpecentes na Região dos Lagos, especialmente com maconha hidropônica, cujo princípio ativo é quatro vezes mais forte que o normal", afirmou o promotor de Justiça Marcelo Maurício Barbosa Arsenio, subcoordenador do Gaeco na região das Comarcas de Cabo Frio e Macaé.

"As investigações realizadas desde então permitiram a identificação de outros integrantes do grupo. Apesar da denúncia, a investigação continuará e pode ter novos desdobramentos no futuro", acrescentou Arsenio.

Segundo o MP-RJ, a quadrilha era liderada por Pedro Cerqueira Magdalena, o Gordo, principal articulador do grupo no Rio de Janeiro. As drogas, principalmente maconha, eram compradas de fornecedores baseados em São Paulo - Leandro de Lima Alcantara, o Titio; Walter da Silva Santos, o Gordão; e Thiago Gonçalves Salvador, o Mexicano - e no Mato Grosso do Sul - Vitor Hugo Loureiro Fortes Lopes, o Gringo. Mexicano e Gringo estão foragidos.

No segundo escalão, Marcelo Froes Silva, o Marcelinho, e seu irmão André Froes Silva (conhecido como Irmão Rato), "sócios" de Gordo, faziam a distribuição da droga em Niterói (RJ), enquanto Diego Pereira Ribeiro Krause, o Cara de Macaco, e Leonardo Neves de Almeida, o Leon, dividiam o território de Búzios com Gordo.

Interceptação telefônica aponta que Gordão ofereceu a Gordo e Marcelinho uma metralhadora de fabricação italiana, calibre 9 mm, ao preço de R$ 16 mil. João Paulo Fideralino Gomes, Ágata Cassia dos Santos e Marlúcia Santos da Silva (respectivamente sobrinho, filha e irmã de Gordão) foram denunciados por atuarem dando suporte na comercialização da droga com revendedores e usuários.

Sérgio Paloma Torres, conhecido como Serginho do Turano, também foi denunciado, juntamente como sua companheira, Renata Salvino do Nascimento. Sérgio mantinha ligações com traficantes do morro do Fallet e Jacarezinho, no Rio, abrindo, ainda mais, a rede de fornecimento de entorpecentes.

Foram denunciados ainda Daniel Navarrete Pimentel (Beicinho), Carlos Eduardo Lopes da Silveira, Daniel Souza Gomes, Marcos Vinícius de Souza Veiga, José Luiz de Lima Alcantara, Davi Tavares Meira (Sequela), Gabriel Petrucci da Fonseca e Gérson Garcia de Cerqueira Neto (Gersinho).

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