ESCÂNDALO NO DF. Vídeo expõe promotores denunciados. Novas imagens trazem à tona o mensalão do Distrito Federal, que levou à cassação do ex-governador distrital José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido). Zero Hora, 17/11/2010
Desta vez, vídeos que fazem parte de investigação do Ministério Público reforçam os indícios de envolvimento dos promotores de Justiça Leonardo Bandarra e Débora Guerner com o esquema de corrupção.
Imagens exibidas pelo Jornal Nacional ontem à noite mostram Jorge Guerner, marido da promotora Débora, supostamente combinando com a mulher como fazer para despistar a polícia em relação a uma quantia em dinheiro escondida dentro da casa.
Os vídeos foram gravados pelas câmeras de segurança da casa de Débora. Os promotores foram denunciados à Justiça, acusados de três crimes.
De acordo com o Ministério Público, Bandarra e Guerner teriam recebido propina para “blindar” o governo de Arruda. Eles ainda são acusados de transmitir informações sigilosas para Durval Barbosa, secretário do governo Arruda que, posteriormente, delatou o esquema. Em depoimento, Durval disse ter sido extorquido pelos promotores. Ele contou que obteve dinheiro com Arruda e pagou propina de R$ 1 milhão aos promotores, para evitar problemas, já que está envolvido em vários processos. Depois do depoimento, a polícia encontrou um cofre com dinheiro e arquivos de computador na casa de Débora.
Ao Jornal Nacional, o advogado de Bandarra, Cezar Bitencourt, afirmou que seu cliente é inocente e que não teve acesso às imagens. O advogado do casal Guerner, Pedro Paulo de Medeiros, disse que não vai se pronunciar.
Imagens e áudios comprometedores:
FUNDO FALSO - Jorge Guerner aparece com maços de dinheiro. Para ter acesso aos valores, Jorge – que é marido da promotora Débora Guerner – parece mover um fundo falso dentro do armário. O vídeo foi produzido a partir do próprio sistema de segurança do imóvel de Débora. O dinheiro teria origem em suborno de envolvidos no mensalão do DEM.
A ESTRATÉGIA - Além dos vídeos, a investigação conta com áudios. Em um deles, Jorge Guerner conversa com a promotora Débora e conta a ela a maneira de proceder para despistar possíveis buscas ao dinheiro oriundo do suborno. A estratégia é simples: deixar em um cofre exposto, de R$ 90 mil a R$ 100 mil, com origem lícita. E, em outro, os valores obtidos com propina.
O Brasil precisa de um Ministério Público fiscal, probo, desburocratizado e inserido num Sistema de Justiça Criminal ágil, integrado e coativo, próximo das questões de ordem pública e envolvido dentro das corregedorias na defesa e execução das leis e na consolidação da supremacia do interesse público, contra a corrupção, imoralidades, improbidades, criminalidade e violência que afrontam a confiança nos Poderes, o erário, a vida, a educação, a saúde, o patrimônio e o bem-estar do povo brasileiro.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
CORRUPÇÃO - Vídeo expõe promotores envolvidos no Mensalão do DF
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