O Brasil precisa de um Ministério Público fiscal, probo, desburocratizado e inserido num Sistema de Justiça Criminal ágil, integrado e coativo, próximo das questões de ordem pública e envolvido dentro das corregedorias na defesa e execução das leis e na consolidação da supremacia do interesse público, contra a corrupção, imoralidades, improbidades, criminalidade e violência que afrontam a confiança nos Poderes, o erário, a vida, a educação, a saúde, o patrimônio e o bem-estar do povo brasileiro.

terça-feira, 22 de março de 2011

A ESCOLINHA DA PROFESSORA LUCIANA

Embora nem sempre tenha sido compreendido, sempre abri espaço em minha torre para protestos, inclusive contra mim.

Nas segundas-feiras, eu desapareço, enfiado em minha torre. No entanto, pela importância do tema, começo mais cedo a minha semana. O assunto é a escolinha da ex-deputada federal Luciana Genro. Para que tudo fique bem claro, sob a luz do meu feitio, reedito o que escrevi sobre o imbróglio, sábado último, com a posição do procurador de Justiça Marcelo Roberto Ribeiro. No seguimento, fecho este episódio, pelo menos por hora, com a resposta concisa e serena do promotor de Justiça Marcelo Lemos Dornelles. Sigam-me.

Marcelo (1)

A senhora Luciana Genro, filha do governador do Estado, que não se reelegeu deputada federal, tentou instalar-se no Julinho com seu cursinho pré-vestibular. A revista Veja gritou. Ela recuou. Agora, o inusitado aconteceu, segundo me revelou o procurador de Justiça Marcelo Roberto Ribeiro. A Fundação Escola Superior do Ministério Público ofereceu, gratuitamente, duas salas para Luciana instalar sua escolinha. Sobre isso, Marcelo questiona:

a) Se um promotor de Justiça quiser instalar um curso de preparação para concursos para carreiras jurídicas, a Fundação vai ceder-lhe salas gratuitamente?

b) Será que fica bem essa conduta eticamente, considerando que a escola é fiscalizada pela Associação do Ministério Público, cujo presidente licenciado, dr. Marcelo Lemos Dornelles, é o subprocurador da chapa do candidato que ora ocupa o segundo lugar na lista tríplice para a chefia do Ministério Público, que está em poder do governador para decisão??.

Marcelo (2)

Prezado jornalista: recebi, desapontado, a publicação em sua coluna no jornal O Sul, nesta data (19-03-2011), ocasião em que revela manifestação do procurador de Justiça Marcelo Roberto Ribeiro quanto à oferta das dependências da Fundação Escola Superior do MP para um curso pré-vestibular idealizado pela professora Luciana Genro, especialmente porque forçosamente cita o meu nome em uma inapropriada insinuação:

1) Estou licenciado e de férias desde o dia 22/01/2010, quando decidi me envolver na eleição do novo procurador-geral de Justiça, exatamente para preservar a mim e a Associação do MP desse tipo injusto de ataque político;

2) O que mais impressiona é que o dr. Marcelo Ribeiro, com mais de 30 anos de carreira, deveria saber que a FMP é uma fundação de direito privado, que não é fiscalizada pela associação de classe, mas sim pela Procuradoria de Fundações do MP, cuja titular é cargo de confiança da procuradora-geral de Justiça;

3) Que a AMP participa do Conselho Deliberativo da FMP, junto com a corregedoria-geral do MP, o Conselho de Representantes da Classe, um representante dos aposentados e a procuradora-geral de Justiça, que é quem preside este Conselho;

4) A FMP tem presidente e diretoria que foram eleitos de forma unânime, com mandato definido e agem de forma autônoma, sem qualquer ingerência, como nesse caso;

5) Caso o dr. Marcelo Ribeiro vislumbrasse efetivamente qualquer irregularidade, deveria se dirigir ao órgão competente, que é a Procuradoria de Fundações, e não à imprensa para criar factóides. Lamento muito ter de responder publicamente a isso, mas meu dileto colega não me deixou outra alternativa.

Caro Wanderley, como fui citado pessoalmente e de forma desabonatória, solicito a publicação da resposta que coloca tecnicamente a verdade.

WANDERLEY SOARES, O SUL, 21/03/2011

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