O Brasil precisa de um Ministério Público fiscal, probo, desburocratizado e inserido num Sistema de Justiça Criminal ágil, integrado e coativo, próximo das questões de ordem pública e envolvido dentro das corregedorias na defesa e execução das leis e na consolidação da supremacia do interesse público, contra a corrupção, imoralidades, improbidades, criminalidade e violência que afrontam a confiança nos Poderes, o erário, a vida, a educação, a saúde, o patrimônio e o bem-estar do povo brasileiro.

domingo, 22 de setembro de 2013

NOVO PROCURADOR-GERAL QUER COMBATE À CORRUPÇÃO DISSEMINADA






ZERO HORA 22 de setembro de 2013 | N° 17561


DINHEIRO PÚBLICO

Procurador-geral da República quer combate à corrupção “disseminada”




Em entrevista publicada nas páginas amarelas da edição da revista Veja desta semana, o novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, 56 anos, defendeu o combate à corrupção como prioridade de sua gestão, mas com um alerta: o foco não pode ser apenas em casos emblemáticos. Para Janot, esse tipo de ação tem que ocorrer de forma capilarizada, rastreando desvios menores, como os ocorridos na merenda escolar e na construção de ginásios e de estradas.

– Tendemos a ver apenas a corrupção praticada em obras monumentais. Tão prejudicial quanto é aquela que vai de pouquinho em pouquinho, mas é disseminada – disse o procurador.

Janot também promete uma novidade, que é a disponibilização, no site da procuradoria, de informações sobre representações, pessoas investigadas e o andamento de cada caso. Disse que hoje há um acúmulo de trabalho no gabinete da Procuradoria-geral da República (PGR), em parte, decorrente da forma de atuar de seu antecessor (Roberto Gurgel), conhecido por ser centralizador.

Segundo Janot, há no gabinete hoje 170 representações, 200 inquéritos policiais e 2 mil processos. Para reduzir esse volume, o procurador-geral está chamando reforço e disse que pode até criar forças-tarefas. Outro tema abordado foi sobre o poder de o MP investigar.

Janot disse que assim que o Supremo Tribunal Federal decidir sobre a questão, será preciso criar regras específicas para nortear esse trabalho.

Ao falar do mensalão, afirmou que a instituição cumpriu seu papel e que a justiça foi feita.

– O mensalão mostra que o foro (privilegiado) não leva à impunidade.


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Não posso acreditar na força do MP diante das manifestações que concluíram esta matéria. Só cumprir o papel não é suficiente para atender os anseios da nação contra a impunidade da corrupção. É preciso mais. O rumo que está tomando o mensalão é uma prova de que há muito a fazer. O MP precisa reagir para se fortalecer com leis mais duras e integrado a um sistema de justiça criminal ágil e tecnicamente independente.

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